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INTUIÇÃO: os verdadeiros Insights!

Seja muito bem-vindo(a) à Coluna COMPETÊNCIA & GESTÃO.

Por: Rodrigo Kallas e Elson Teixeira



O tema é INTUIÇÃO. Por várias vezes recebemos recados da nossa mente e não damos muita atenção, em muitos casos é a intuição querendo ser ouvida e na grande maioria das vezes ela está coberta de razão.


Esperamos que curta e sirva de inspiração para o seu dia.


SunYat-Sen deixou-nos, numa frase simples, um legado imenso de sabedoria. Disse ele, certa vez, de forma prática e concisa:

“Compreender é difícil. Depois que se compreende, agir é fácil”.


O destino inicial destas palavras eram professores engajados na proposta revolucionária para a educação de base, mas elas acabaram se incorporando ao saber pedagógico em níveis bem mais extensos e adotada de forma plena pelo mundo corporativo. Na realidade, o que ele fazia questão de afirmar aos seus discípulos, era que a eficácia de uma ação era decorrência de um aprendizado correto.


Diante de toda e qualquer situação decisória, buscamos nos “arquivos” do nosso cérebro a situação mais imediatamente semelhante à que estamos vivenciando e, a partir da experiência registrada, avaliamos nossa competência para executar ou não.


Antes de pularmos uma poça d’água, nosso cérebro processa essa situação com incrível velocidade, busca registros de pulos anteriores, compara os tamanhos, analisa nossa condição física naquele momento e, por fim, “imprime” um relatório sobre as nossas possibilidades de êxito ou não. Este “relatório”, nestas circunstâncias, é o que podemos chamar, simplesmente, de intuição.


Intuição não é coisa do Além

O mal é que as pessoas se acostumaram a relacionar o fenômeno da intuição no rol das coisas místicas ou paranormais e, para entrar na onda do ateísmo predominante, também acabaram jogando esta incrível capacidade mental para segundo plano.


A intuição nos dá a ideia mais próxima da verdade que podemos ter, com a menor margem de erro possível. Através dela é que os gênios criadores recriam o mundo a cada instante, inventando, descobrindo, modificando. E ela sempre advém da dúvida ou da indecisão. Quando enfrentamos uma nova situação e o nosso cérebro, por isso mesmo, não tem registros de fatos semelhantes, ocorre-nos a dúvida. É quando nosso “computador” vasculha milhões de “gavetinhas” procurando pontos de convergência entre situações diversas e sugere algo que pode nos levar tanto ao erro quanto ao acerto. Conclui-se, desta forma, que quanto mais registros a pessoa possuir, e quanto mais habilidade o cérebro tiver em processá-las, menores são as chances de erro e mais profícuo será o ato de intuir.


Não costumamos chamar a resposta pronta, imediata e corriqueira do cérebro por intuição. Quando queremos somar dois mais dois e ordenamos que o cérebro processe tal operação, a resposta não vem por intuição. Só consideramos como intuição, as respostas sugeridas a partir da indecisão ou da dúvida. Desta forma, podemos dizer que intuição é aquela vozinha que fala no nosso ouvido coisas que não contávamos em ouvir.


Definição do termo, segundo os dicionários:


Substantivo feminino.

INTUIÇÃO - faculdade ou ato de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de análise. Forma de conhecimento direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão metafísica ou à realidade concreta.


Nosso cérebro é extremamente ágil. Algumas respostas que precisamos já estão prontas no arquivo e é só pedir que ele responde de imediato. Quando nos perguntamos qual é o resultado de dois vezes dois, ele responde de bate-pronto: quatro! Qualquer pessoa que tenha aprendido a tabuada tem este dado arquivado para o resto da vida. Assim, o cérebro não chega a processar a multiplicação. Porém, quando nos perguntamos quanto é 193 mais 376, aí sim, ele procede os cálculos. Dificilmente um de nós já tem esta soma arquivada na memória.


O conjunto das nossas experiências de vida também está cuidadosamente arquivado. Vitórias, derrotas, erros, acertos, alegrias, tristezas, tudo, absolutamente tudo está registrado.


A criança pequena, quando enfia um grampo na tomada e leva um choque, registra não só a sensação de dor, como também as circunstâncias que a levaram a sofrer. Anos depois, quando ela tiver que ajudar o pai a consertar o interruptor do quarto, mesmo sem jamais ter tido esta experiência, seu cérebro buscará nas gavetas uma situação imediatamente semelhante e encontrará o tal choque do passado. E ela terá medo de tocar no fio.


O pai precisará, então, explicar-lhe os rudimentos de eletricidade, falar sobre circuitos, tomadas e interruptores, e mostrar praticamente que quando não há corrente não há choque. A criança experimentará e registrará. Mas este novo conhecimento não apagará o registro anterior. Ficarão os dois, arquivados.


A indução ao erro

Muitas são as situações que nos induzem ao erro. Erramos por ignorância, imprudência, desleixo, imperícia e uma série de outros motivos. Porém, só haverá erro quando o registro de “dor” de uma experiência passada, seja ela vivenciada ou aprendida, for próximo da insignificância ou, simplesmente, não existir. Se houver “dor” na história, a ação será outra.


Alguém que tenha levado um tombo em uma escada molhada, dificilmente cairá de novo nas mesmas circunstâncias. É que quando se deparar novamente com uma escada molhada, seu “arquivo” lhe mostrará o registro daquela dor e o imprudente tomará muito mais cuidado dessa vez, levando as chances de erro para perto de zero.


A dor aprendida dói tanto quanto a dor sentida

Todos nós temos registros de acidentes aéreos arquivados na mente. A maioria, felizmente, por aprendizagem e não por vivência. Porém, continuamos a viajar de avião apesar disto. É que a nossa decisão em viajar, como toda e qualquer outra decisão, avalia dor e prazer e, no caso, o prazer final justifica o enfrentamento da dor.


Este enfrentamento, contudo, só é possível porque nosso cérebro não tem só registros negativos de acidentes; há também registros positivos. O conceito de que “avião é o transporte mais seguro”, por exemplo, também está lá arquivado e influi da mesma forma no processo decisório.


De tudo isso, podemos tirar algumas conclusões que são resumidas nestes quatro pontos básicos:

  1. As nossas decisões sempre se fundamentam na nossa história, vivenciada ou aprendida;

  2. Quanto mais informações temos a respeito de determinado assunto, mais chances temos de acertar;

  3. Na dúvida, pode advir a intuição, que nada mais é do que uma “proposta” do cérebro diante o desafio apresentado;

  4. Enquanto não se compreende, tudo é difícil; depois que se compreende, tudo é mais fácil.


Até o próximo artigo!

 
 
 

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